sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Homenagem Macaco Sabido à Pró Nena!

Enquanto escrevia a História "Nerds: A Pré-história" um personagem veio forte na minha lembrança.dei uma zapiada por ai e encontrei uma foto dela e então decidi homenageá-la, afinal ela foi de grande importância na história de muita gente.



SOBRE PRÓ NENA E A ESCOLA RUY BARBOSA: http://www.escolaruybarbosa.com.br/historico.asp

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nerds: A pré-história. (prólogo)

Não me leve a mal, mas eu vim de um mundo onde ser Nerd era um defeito congênito, uma disparidade cromossômica e pelo que parecia, algo contagioso. Claro, digo contagioso não pelo fato de que encostaríamos em alguém e de repente aquele alguém passaria imediatamente a ser Nerd. Muito pior. Mesmo sabendo que não corriam o risco de se contagiarem com nerdisses as pessoas ficavam a quilômetros de distancia de nós.

É difícil dizer de onde veio o primeiro Nerd. Muito possivelmente na pré-história um de nossos ancestrais peludos lapidava uma pedra de forma a deixa-la sem arestas e enquanto dava o nome de roda ao seu produto final era acertado por cocos e cascas de bananas sob o largo riso da galera que compartilhava a caverna. Nascia ai o primeiro Nerd.

É muito novo este modelo de Nerd que encontramos hoje em dia, pessoas extremamente influentes e bem relacionadas. Perguntei a uma garota ultimamente que tipo de garoto ela gostava e recebi uma resposta “na lata”: Gosto de uns carinhas meio nerds. MEUS DEUSES! É UM ADIMIRÁVEL MUNDO NOVO QUE DESPONTA A NOSSAS VISTAS. Quantos sofreram para que isso pudesse acontecer? No meu tempo ser nerd era meio bizarro. A gente era um tipo marginal magricela e de óculos, parias da sociedade estudantil. Na nossa cabeça era diferente, é claro. Achávamos que éramos um tipo de super-heróis injustiçados com um arqui-inimigo claro e evidente. Os valentões.

Muito antes de o Bulling ter este nome tão chick ele funcionava mais ou menos como a natureza hostil da pré-história, selecionava os mais fortes (o que se pensava). E como no tempo dos macacos, vivíamos sobre a opressão do valentão, que como macho alfa não só sentavam a porrada nos mais fracos (no caso nós, Nerds) como também ficava com a maioria das fêmeas. A nós sobrava escondermo-nos ou usarmos da nossa criatividade para elaborar pequenas vinganças que podiam tomar a forma de qualquer coisa desde um sanduiche untado no urinol, que de certo seria roubado no horário do intervalo, até uma carta com letra falsificada esculhambando professora. No fim das contas o que eles não contavam é que na natureza não é o mais forque que sobrevive, mas sim o mais adaptável, e nesse quesito éramos nós.

Eu era um Nerd. Era não... SOU, mas isso já soa como obvio. Acho q o primeiro sintoma que os Nerds apresentam na infância é a facilidade de brincarem sozinhos (na maioria das vezes desmontando os brinquedos para descobrir como funcionam). Eu era uma dessas crianças. Desde muito cedo eu comecei a usar óculos, isso somado com a crescente timidez foram minha marca registrada por muitos anos. Adorava bonequinhos, videogame, seriados (Jaspios, Jiraya, Jiban...); desenhos animados (He-Man, Thunder Cats, Capitão Planeta...). Não conseguia me socializar muito bem... Era incrível a facilidade que as outras crianças tinham de rir de mim (essa situação era um tanto curiosa) e o que não facilitava nem um pouco a minha vida era o fato de meus pais fazerem de tudo para que eu conseguisse interagir com outras crianças e quando eu falo TUDO, é tudo mesmo.

Este é só o primeiro capítulo da história, Nerds, a pré-históra, que passarei a contar, aqui no Macaco Sabido. Pela primeira vez contarei em capítulos uma comédia, a comédia da minha vida. Então, até lá! VIDA LONGA E PRÓSPERA!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aos trabalhos!!!

Graças aos bons Deuses eu e meu companheiro de batalha, Jailson, terminamos a tal monografia. Tempo passou a ser um luxo que possuímos. Sendo assim retomarei os trabalhos aqui no blog que há tempos esta entregue as aranhas...
Estava conversando ultimamente com minha grande amiga Venus (tenho pensado em convida-la para integrar-se ao Macaco Sabido e montarmos uma equipe, mas depois falo disso). Ela tem um jeito diferente de rir das minhas histórias. Me perguntou uma certa vez porque eu não escrevia um livro rsrsrs. Não tenho nenhuma intenção de escrever um livro, mas se de repente minhas histórias encontrassem outras pessoas que viveram no ambiente hostil da pré-história Nerd acabaríamos dividindo boas risadas.
Nerds. A pré-história, conta a minha epopeia de criança até a idade atual mostrando que ser nerd no finalzinho dos anos 80 aos anos 2000 não era essa maravilha que é hoje. Muitos tiveram que sofrer para que os nerds de hoje pudessem ser o que são.
Abraço galera. Até o próximo post.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Fala Macaca Especial com Sigmund Freud Sobre o Narcisismo.

"O amor objetal completo do tipo de ligação é, propriamente falando, característico do indivíduo do sexo masculino. Ele exibe a acentuada supervalorização sexual que se origina, sem dúvida, do narcisismo original da criança, correspondendo assim a uma transferência desse narcisismo para o objeto sexual. Essa supervalorização sexual é a origem do estado peculiar de uma pessoa apaixonada, um estado que sugere uma compulsão neurótica, cuja origem pode, portanto, ser encontrada num empobrecimento do ego em relação à libido em favor do objeto amoroso. Já com o tipo feminino mais freqüentemente encontrado, provavelmente o mais puro e o mais verdadeiro, o mesmo não ocorre. Com o começo da puberdade, o amadurecimento dos órgãos sexuais femininos, até então em estado de latência, parece ocasionar a intensificação do narcisismo original, e isso é desfavorável para o desenvolvimento de uma verdadeira escolha objetal com a concomitante supervalorização sexual. As mulheres, especialmente se forem belas ao crescerem, desenvolvem certo autocontentamento que as compensa pelas restrições sociais que lhes são impostas em sua escolha objetal. Rigorosamente falando, tais mulheres amam apenas a si mesmas, com uma intensidade comparável à do amor do homem por elas. Sua necessidade não se acha na direção de amar, mas de serem amadas; e o homem que preencher essa condição cairá em suas boas graças. A importância desse tipo de mulher para a vida erótica da humanidade deve ser levada em grande consideração. Tais mulheres exercem o maior fascínio sobre os homens, não apenas por motivos estéticos, visto que em geral são as mais belas, mas também por uma combinação de interessantes fatores psicológicos, pois parece muito evidente que o narcisismo de outra pessoa exerce grande atração sobre aqueles que renunciaram a uma parte de seu próprio narcisismo e estão em busca do amor objetal."

Feud em: Sobre o Narcisismo: Uma Introdução. (Obra XIV)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SEXTA FALA MACACO! com Lorena Viana.

É bonito? é amor.

Quando você pensa que já está tudo bem, que não há mais nada faltando, que tudo pode parecer completo mesmo sem alguma presença marcante, você se surpreende com alguém próximo e um amor imprevisível. Todas aquelas ideias que lhe falaram a respeito do amor, são extremamente contrárias ao que você sente. Diariamente tentam colocar em sua cabeça que o amor não existe. Ou que o amor só faz doer. Até mesmo que ele é sujo. Pobres pessoas que ainda não sentiram o que é mais belo e sublime. O amor é bonito. Amor acrescenta, faz viver, ter vontade, ir além.Não há frio, não há dor. Existem algumas quedas rápidas, alguns deslizes que acabam acrescentando algo à vida a dois. Enquanto não houver essa delicadeza de pensamento, esse gostar de pensar, de lembrar.. Enquanto não for bonito, não é amor.


Obs: Blog da Lory: TOMATE PULANTE - http://tomatepulante.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vida Longa e Próspera!

Às vezes, as coisas acontecem na vida da gente de uma forma muito inusitada. Há um tempo atrás discutíamos o fim da Sonnora. Uma reunião muito difícil, palavras duras lançadas um ao outro. Um pandemônio.

Nunca achei justo o fim de uma banda que estava andando muito bem nos últimos tempos, a gente tinha alcançado muita coisa... é como eu costumava dizer!! A banda está bem, o que não anda nada bem eramos nós! Briga atrás de briga, discutindo besteira, intolerantes um com o outro. Decidimos acabar a banda pelo bem dos cinco amigos, afinal era a amizade que estava em jogo. Depois disso ficou tudo bem. Entretanto deixei bem claro naquela reunião que enquanto eu estivesse aqui, enquanto houvesse desejo de tocar, compor e trabalhar neste projeto a Sonnora nunca morreria. E mais... disse que o que estava em jogo ali não era o fim da Sonnora, mas se ela continuaria sem eles ou com eles. A escolha foi a mais difícil. Não tinha certeza se um dia remontaria a banda, mas enfim... o desejo falou mais alto.

Hoje é com muito prazer que venho dizer que remontei a banda... Ela tá com cheirinho de nova, com músicas novas (“!”, “Eu me lembro”, “29 de outubro”) um disco novo e músicos novos. Da antiga formação sobrou apenas a velha parceria entre eu e Wyllow (Vinícius Andrade) e como estreia montamos um show totalmente novo, num lugar onde nunca havíamos tocado antes, o já conhecido bar “Seu Zé”. Será um show totalmente acústico, como nunca foi feito antes pela Sonnora. Será a banda que vocês já conhecem, de um jeito que vocês nunca viram!!

VIDA LONGA E PRÓSPERA À SONNORA!!

sábado, 20 de agosto de 2011

O que você fez hoje?

A gente tem corrido tanto. Andando com tanta pressa, o tempo todo estamos tão atrasados que esquecemos de olhar para certos lugares. Aquela pessoa que te sorri ou te dá boa noite na frente da faculdade, aquele lugar bonito no meio do caminho do trabalho para casa.

A vida passou a ser uma série de pequenas missões como num jogo de vídeo game.

06:00h – acordar

07:00h – pegar o ônibus

08:00h - chegar ao trabalho

08:00h/ 12:00h – trabalhar

12:30h – almoçar

13:00h – voltar ao trabalho

13:00h/ 18:00h - trabalhar

19:00h - chegar em casa

20:00h – jantar

21:00h ver a novela das 8 (que começa às nove), afinal, estamos no Brasil

22:00h dormir

Acabou o dia. Daí, começamos tudo de novo.

Nada contra rotina. Sou até um cara que costuma gostar disso. Mudar é o que me assusta. Prefiro apostar sempre no que está dando certo. No meu ponto de vista, o grande problema não está na rotina. Não é neste horário engessado que descrevi, mas justamente no que a gente faz entre uma coisa e outra.

Certa vez dirigia para a clínica. Tinha acordado cedo e cheguei lá umas oito da manhã e alguém me perguntou: “O que você fez hoje?” respondi instintivamente: “NADA”, mas não tinha sido nada. Eu tinha acordado, tomado banho, escovado os dentes, de café da manhã eu tinha comido panquecas com mel que minha mãe tinha feito, depois eu peguei o carro e no meio do caminho encontrei uma amiga esperando o ônibus, dei carona a ela até o shopping, no caminho conversamos sobre alguma coisa sobre como é complicado casar e ter filhos muito cedo. No rádio tocavam sucessos dos anos 80, me lembro de ter escutado “pedra, flor e espinho” do barão vermelho e “sete cidades” do Legião Urbana, só depois disso tudo cheguei a clinica e encontrei o colega que me fez a famigerada pergunta. De repente NADA se transformou em ISSO TUDO.

A gente tem corrido tanto. Andando com tanta pressa, o tempo todo estamos tão atrasados, mas se a gente não parar um pouquinho acabamos passando despercebido por momentos muito bacanas das nossas vidas. Incrível é que na maior parte das vezes são os únicos momentos em que a gente pode ser agente mesmo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SEXTA FALA MACACO! com Carol Almeida.

Fiquei muito feliz quando fui convidada pra postar aqui, mas ao mesmo tempo meio preocupada, a idéia era saber o que quero postar, talvez o que eu gosto alguma opinião formada que eu queira discutir ou continuar com a proposta início do blog, falar sobre mim.

Meu nome é Caroline Almeida , tenho 15 anos e talvez tenha as maiores loucuras na cabeça, travo guerras constante comigo mesma. Espero não ser avaliada e diagnosticarem algo grave rsrs’!
Em todas as guerras estabelecidas existe o medo, por trás do cuidado com cada palavra ou gestos. Ta ai! Sou medrosa. Medo do escuro, quem nunca teve? Um dia alguém me falou (KaKau) que o medo é bom, uma forma de ficar alerta a diferentes situações, sei não viu. Quando se é adolescente impulsiva é melhor estabelecer regras, o bom é quando não esta só. Minha amiga Clara Sá está comigo nessa, pelo simples medo de amar. Elas foram feitas para nos privar de algum arrependimento, não me pergunte se da certo – primeiro decidimos que a ideia de ficar por ficar não seria com a gente, nem dizer sim de primeira, nunca correr atrás de um garoto, caras muito mais velho não é permitido, em um relacionamento seremos as primeiras a dar um basta pra justamente não fazerem isso com a gente, e tem hora que tanto eu quanto ela nos denominamos auto-suficiente depois de um momento de crise de existência ou acabamos com medo de ficarmos sozinhas! – isso são só algumas coisinhas de algum tempo atrás, mas as idéias estão sendo reformuladas (ainda bem!) umas são meio esnobes, era pra nos manter certinhas. Funciona.

Inconstante, minhas decisões nunca são certas, as ideias vão e vem, são duas de mim, mas é preciso parar pensar na tentativa de me entender. Coisa é se as perguntas pra chegar a tal entendimento estiverem erradas, por algum momento uma ajuda transforma a mente num mais completo caos (AAAAAAAAAh!) talvez o medo de onde chegará a resposta me faz recuar, regras são reorganizadas e não é apenas pra barrar qualquer sentimento ou reter atitudes, é um conforto. Chego a um consenso onde o que mais deixa aflito um adolescente é o não saber o que fazer, onde vai chegar, mentiras, não ser correspondido os sentimento e aonde o medo pode levar. Acho que meu tema é o medo e onde eu vou chegar, ou ate quando vou continuar com ele.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pensando bem!


O quarto cavaleiro do apocalipse.

Acho espantoso o despreparo das pessoas diante da morte, ou da derrota ou de qualquer coisa que frustre o sujeito. Somos preparados o tempo todo pra ganhar, pra sermos os melhores, os imortais. O incrível é que desde que nascemos, cada novo dia é mais próximo da única certeza que temos. A morte. Então, se diante dela você não souber o que falar... Não diga nada.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SEXTA FALA MACACO! com Bianca Magalhães.

Fiquei feliz hoje quando Henrique me convidou para ser a primeira pessoa a escrever no Macaco Sabido, como convidada. Como ele deixou em aberto o tema, resolvi falar um pouco sobre minha vida, já que esta é a proposta inicial do blog.

Meu nome é Bianca Magalhães, tenho 20 anos. Sou (também) estudante de Psicologia, filha, namorada, amiga e recentemente, mãe.

Desde o dia 21 de outubro de 2010, que eu experimento essa sensação de alegria, medo, responsabilidade, felicidade, completude e muita, muita mudança.
Resolvi falar justamente sobre isso. Essa minha última experiência no mundo materno. Tão inesperada e feliz.
Como todo mundo já sabe (ou apenas imagina), ser mãe quando os papeis sociais e econômicos ainda não estão estabelecidos é uma tarefa árdua. E assim foi comigo. Difícil, porém com muito aprendizado e um toque especial da maturidade que chegou antes do tempo. Até então minha vida era como a de qualquer outro jovem. Mas durou pouco, rs. No auge dos meus 19 anos, descobri que estava grávida, sem sombra de dúvidas, do grande e único amor.

Marina Flor veio para mudar e iluminar a minha vida. Veio pra me mostrar o que eu realmente sou, para me ajudar a dar valor a família que eu tenho, a agradecer a Deus pelo namorado que eu tenho. Hoje eu não consigo imaginar como seria minha vida se ela não existisse. Não consigo pensar que seria melhor, que eu seria mais livre, mais feliz. Porque mesmo com toda limitação, eu posso dizer com toda certeza do mundo, não há nada que compare a felicidade de ter uma vida que é sua, vivendo fora de você. O cuidado, a dedicação, o aprendizado... e muito aprendizado mesmo. Como eu já disse, não é e nunca foi fácil (ninguém me disse que seria). O que tem acontecido comigo e com a Marina Flor é exatamente isso. Estamos aprendendo a conviver uma com a outra, se adaptando aos nossos modos de ser, e confesso que tem sido uma experiência maravilhosa. É tudo muito simples, muito intenso e muito valioso. Cada segundo é pra ser vivido com a veemência do sempre, porque marca.

Quando eu a vi pela primeira vez, não teve palavra que pudesse expressar. Primeiro porque meu parto foi extremamente rápido (me orgulho disso rs), a Marina Flor nasceu antes mesmo da médica aparecer... Quando eu a olhei em cima da cama, assustada, chorando, com os bracinhos pro ar, como quem quer agarrar a primeira coisa que aparecer para sentir-se segura, a minha única reação foi chorar, sorrir e agradecer muito a Deus. Foi exatamente nesse momento que começou pra valer a minha jornada nesse mundo materno. Eu a olhei e vi o rosto do pai dela. Contei os dedos, beijei, e novamente, só conseguia chorar e agradecer a Deus, e em meio de soluços e risos, eu dizia bem perto do ouvidinho dela “filha, eu te amo mais que tudo nessa vida, obrigada por me fazer feliz”. Ela se acalmou assim que parou em meus braços... e eu pensava que isso só acontecia em filme rsrs. Não me lembro de ter sentido emoção igual ou tão forte quanto.

A primeira vez que eu a amamentei, nossa! Foi além do ato meramente biológico, eu estava em êxtase. Não pude olhar nos seus olhos nesse momento, pela posição que eu estava, mas quando ela sentiu-se satisfeita, num ato de curiosidade, eu suponho, ela olhou para mim como quem quis conhecer a pessoa que lhe trouxera ao mundo. Se antes as minhas emoções já apontavam para algo extremamente único, esse momento foi ainda mais significativo. O que existia naquele momento era apenas eu e a Marina Flor, nos conhecendo, admirando, sentindo. Ela tinha a expressão de satisfação mais bela que eu já tinha visto na vida. Os olhinhos dela, que ainda não enxergavam praticamente nada, buscavam no contorno do meu rosto alguma coisa que pudesse projetar minha imagem. E mais uma vez eu fiz questão de dizer para ela o que eu disse exatamente quando ela nasceu... Chorei muito de felicidade, disse o quanto eu a amava, o quanto ela foi esperada, o quanto ela é importante. Foi exatamente ali que eu senti que ser mãe é uma experiência muito bonita, para quem sabe aproveitar, para quem espera e para quem ama. Se você que lê esse blog, ainda não foi mãe, eu desejo que um dia experimente isso que eu experimentei.

Marina Flor faz 2 meses hoje. No dia 12 de junho de 2011, O dia que mudou minha vida pra sempre. Exatamente às 7:55 PM chegava o mundo o ser responsável por me tornar uma pessoa diferente, extremamente. Ser mãe é mesmo essa coisa mágica que dizem por aí... é literalmente padecer no paraíso. Com seus encantos e dificuldades, cheio das verdades da vida real. É isso, ser mãe é dar de cara com a vida real.

E tem coisa mais gostosa do que vida de verdade?


Obs: Blog da Bianca: CHEIRO DE MOFO. Link: http://www.odeur-de-moisi.blogspot.com/

Fragmentos – Pedaços de vidas embrulhados em lembranças

Nossa... Hoje vou atacar de crítico de arte e comentar uma peça que acabei de ver com vinha avó. Acho que antes de falar do espetáculo é bom relatar como surgiu a ideia de vê-lo.

Acordei pronto para resolver alguns assuntos pendentes e um deles incluía ir ao shopping pagar algumas contas e contratar um serviço de internet que prestasse. Saindo de casa, como de costume gritei... “Vó, to indo no shopping, a senhora quer ir?” ela decidiu me acompanhar, chegando lá, de repente, ela avistou o cartaz da peça “FRAGMENTOS”. Já tinha escutado falar da peça, alguma coisa sobre o Women’s clube e um grupo de amigas que haviam se reunido para fazer um espetáculo e do sentimento que minha avó teve por não poder ter ido na semana de estreia. Juro que no momento lembrei-me de todas as vezes que ela me fez vestir um monte de pano pra fazer um pastor num presépio vivo, jornaleiro numa peça na igreja, menino Jesus e todo tipo de loucura que ela inventava nas confraternizações de família. Mesmo assim eu disse: “Quer que eu vá com a senhora?” Acho que ela ficou feliz. Na saída minha irmã me perguntou pra onde eu ia e eu contei que ia ao teatro com Dona Carmem, ela me deu um olhar de exclamação tão grande que só me sobrou rir.

O fato é que cheguei a CDL para ver uma peça que não tinha a mínima ideia do que dizia e saí chocado. Foi incrível como sete senhoras conseguiram trazer a tona milhares de lembranças de um tempo, não tão distante, mas que por conta dos avanços contemporâneos tornaram-se obsoletos e falar de assuntos densos e importantes para a sociedade em que vivemos sem de modo algum ser chato, cansativo ou parecer uma eterna melancolia. Muito pelo contrario, o espetáculo é divertidíssimo, de uma sensibilidade enorme e um profissionalismo incrível.

Fragmentos – Pedaços de vidas embrulhados em lembranças” Fala do encontro de sete amigas que, enquanto fazem um bolo, relembram o passado, o tempo de escola, a infância, a juventude, os amores, o café, o bolo, as broas, o queijo fresco, os biscoitos, o leite, os compadres e a comadres de um tempo que não volta mais. Nos faz refletir sobre a velhice e sobre o olhar que lançamos sobre os idosos, tão as margens na sociedade de hoje. No fim a partilha do tão esperado bolo, também partilhado com a plateia, nos manda para casa embrulhados em lembranças, seja qual for nossa idade.

A peça tem direção do experiente diretos Marcus Pérsico e conta com a interpretação de Angélica Muritiba, Dilma lobo, Jilça Oliveira, Leny Madalena, Lúcia Angélica, Márcia Vilar e Tereza Silva. “FRAGMENTOS” Ainda estará em cartaz no Teatro da CDL dias 12 e 13 de agosto. Vale muito a pena ir conferir. Abraço pessoal.

No fim Minha irmã é quem ficou arrependida de não ter ido.

FALA MACACO!

Quantos macacos foram necessários descer das arvores e arriscar andar sobre duas pernas para que a humanidade pudesse surgir?

A habilidade de nos expressar através de linguagem verbal e obter a capacidade de raciocínio, nos difere dos outros animais e foi um trabalho árduo de milhares de anos exercido pela natureza, pelo ambiente e pelo sistema em que este ser estava inserido. As coisas, mesmo hoje, continuam assim. Ainda somos uma espécie em evolução e reproduzimos comportamentos, sejam eles mentais ou físicos, de acordo com nossa cultura, espaço geográfico, sexo e etc... Somos o que a Psicologia chama de ser Bio-psico-social, há quem diga também o espiritual.

Nenhum ser humano é uma ilha, vivemos num sistema onde cada sujeito depende de outro para exercer alguma função. Muito mais complexo que isso. Nos comunicamos com outros sujeito e através desta comunicação construímos crenças, ideologias, reflexões e através disso constituímos nosso ser e passamos o conhecimento para gerações futuras. Entretanto, mesmo diferenciados das outras espécies por todas estas capacidades listadas acima continuamos sendo animais, primatas, macacos... Macacos sabidos.

Pensando nisso tudo, decidi criar aqui no blog um dia diferente. Um dia em quem outro Macaco, além de mim, mostrará uma ideia sobre um determinado assunto esperando ajudar outros macacos, seja com uma reflexão ou meramente uma boa leitura. Assim nasceu o “FALA MACACO!” que acontecerá todas as Sextas feiras aqui no “Macaco Sabido”.

Fiquem Ligados!!!

OBS: Para participar do “FALA MACACO!” Mande um e-mail para o endereço kakaukrusch@hotmail.com com o assunto “FALA MACACO!” com o texto que você deseja publicar neste espaço. Ai é só espera o Macaco Sabido responder. Abraço a todos!!!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Por que ela?

Ei... Será que eu já te vi em algum lugar? Sei lá! É porque parece que eu te conheço há anos. Sei que parece loucura. A gente ta junto há tão pouco tempo, mas é como se eu conhecesse você a minha vida inteira. Como se eu não me lembrasse mais de mim sem você por perto. Estranho não é?

Quantas e quantas vezes passamos por isso? Essa sensação de dejavu diante de alguém por quem nos apaixonamos. A quem diga: “por que logo essa pessoa que não tem nada haver comigo?”. Será? Dê uma olhadinha pro passado e me diga: Com quem essa pessoa se parece? Ou melhor: Com quantas pessoas essa pessoa se parece? De quem é o olhar, o cuidado, o afago, o beijo? Ta se lembrando de muita coisa não é? (risos)

Todo encontro de amor é um reencontro. Já dizia Freud. Ao encontrar a famigerada “pessoa certa” nos reencontramos com figuras do passado, pai, mãe, amigos, primeiro, segundo, terceiro amor, todos aqueles que deixaram marcas na nossa vida. Nossos relacionamentos são decididos por nossa história, pelo que nos fez rir e até mesmo pelo que nos fez chorar. Buscamos sempre esses personagens da nossa vida, afinal foram eles que nos constituíram como existência. Através do olhar destes personagens nós construímos toda uma fantasia sobre o outro, sobre a pessoa ideal, o relacionamento ideal.

Lembro-me agora de um trechinho de uma música do Nando Reis (adoro citar música porque a música consegue despertar coisas que muitas vezes não sabíamos que estava lá, além de ser acessível a todos).

“ Pra você guardei o amor que aprendi vendo os meus pais, O amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz...”

Acho que posso resumir todo este post nesta citação. Amamos o que nos é sintomático.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Remando

Hoje faz mais um ano que remo por ai, completamente a deriva num oceano de vontades. Remo meu escaler sozinho, em direção a sonhos, mas basta atracar numa ilha de desejo para o meu querer não mais cobiçar estar lá. Então subo no meu barquinho e remo para outro lugar esperando que nesta nova ilha esteja o que procuro. Engano-me mais uma vez.

A Natureza do ser humano é desejar. Desejar, conquistar e então desejar outra coisa. Feliz do que deseja o abstrato. A felicidade por exemplo. E assim passar a vida toda buscando o inalcançável. Infeliz a sorte do colecionador. Guardando no chão, nas paredes, no teto, nas estantes, vestígios do desejo insatisfeito, objetos onde a vontade se materializou e diante da posse mudou de lugar, escapou, foi se esconder em outro objeto, num eterno jogo de esconde-esconde.

1... 2... 3... 4... 5... Já estou indo procurar!

“Amamos desejar mais do que amamos o objeto de nosso desejo” já dizia Friedrich Wilhelm Nietzsche. Há muita verdade nesta afirmativa.

Continuo assim. Não tenho a mínima intenção de parar. Afinal essa é a dinâmica da vida. Se formos pensar na imortalidade do espírito, não paramos de desejar nem depois de mortos. Tenho certeza que no próximo porto encontrarei alguma coisa do que quero, e no próximo, e no próximo...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Narciso e Narciso (Ferreira Gullar)

Ainda sobre o tema anterior:

Me deu um pouco de trabalho achar um texto que vi numa palestra, mas enfim encontrei. Espero que apreciem! Este texto é especialmente para Debora, Carol Almeida, Any Caroline, Anne Freire e a dupla Priscila e Gleika (Gossip Girl) que gostam de poesia e muito me honram ao acompanhar meu blog.


Narciso e Narciso

Se Narciso se encontra com Narciso
e um deles finge
que ao outro admira
(para sentir-se admirado),
o outro
pela mesma razão finge também
e ambos acreditam na mentira.

Para Narciso
o olhar do outro, a voz
do outro, o corpo
é sempre o espelho
em que ele a própria imagem mira.
E se o outro é
como ele
outro Narciso,
é espelho contra espelho:
o olhar que mira
reflete o que o admira
num jogo multiplicado em que a mentira
de Narciso a Narciso
inventa o paraíso.
E se amam mentindo
no fingimento que é necessidade
e assim
mais verdadeiro que a verdade.

Mas exige, o amor fingido,
ser sincero
o amor que como ele
é fingimento.
E fingem mais
os dois
com o mesmo esmero
com mais e mais cuidado
- e a mentira se torna desespero.
Assim amam-se agora
se odiando.

O espelho
embaciado,
já Narciso em Narciso não se mira:
se torturam
se ferem
não se largam
que o inferno de Narciso
é ver que o admiravam de mentira.

*do livro Barulhos

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Narciso e o amor.

Tem muita gente curiosa pelo trabalho de monografia que eu e Jailson temos desenvolvido ao longo deste semestre. É certo que ainda estamos na fase do projeto e que ainda iremos apresenta-lo a uma banca para só a partir deste ponto começaremos de fato a epopeia da monografia. Vou aproveitar e publicar aqui uma previa de como estamos pensando o amor e aproveitar para convidar a todos para a nossa pré banca nesta Sexta feira às 14:00h no auditório da Faculdade Nobre. Abraços a todos.


No cotidiano, percebemos a fragilização dos relacionamentos amorosos, seja por conta, talvez, da falta de um modelo padrão, nossos pais por exemplo, ou pela substituição do verbo “estar” pelo verbo “ficar”. O fato é que percebemos também que o amor, seja ele em sua forma mais simples ou mais complexa, tem tomado uma conotação individualista, um “aproveitar-se” do outro como forma de satisfação pessoal. Mas será que somente hoje ele passou a ter este aspecto?

Percebemos desde tempos mais antigos, com o amor romântico, ou até mesmo o trovadorismo e seu amor cortês, que o amor ainda assim tem um aspecto de satisfação pessoal. O amor cortês do século XII possuía a implicação de ser um amor impossível e a beleza deste amor era a impossibilidade da concretização, onde o sujeito extraia satisfação, ou o gozo, segundo Lacan, da impossibilidade deste amor, sem necessariamente ter algo haver com o outro. Sendo assim, não há como conceber o amor sem nele estar incutido uma questão meramente narcisista.

Se formos observar dentro da teoria psicanalítica as condições do desejo, facilmente perceberemos que não há como desejar algo que já temos; segundo Freud, nós só desejamos o que nos é faltante. Assim é também nas relações amorosas. Desejamos no outro o que nos é faltante e esperamos que este outro venha a nos completar. Mas se é um complemento que procuramos, o amor deixa de ser um lançar-se ao outro e passa a ser um eterno buscar a si mesmo tornando assim o encontro com o outro impossível tendendo a um fim como o de Narciso, no mito grego, afogado num lago em busca de si.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O lado escuro da Força

Postei algumas fotos no Orkut ultimamente e foi interessante ver a reação de algumas pessoas. Eu sabia que muita gente não ia compreender o conceito das imagens, mas é que elas têm muito mais haver com uma questão filosófica do que com uma questão fotográfica.

Elas retratam o lado escuro da força (risos). O que não tem lá muito haver com Star War. Não é da dualidade bem e mal que estou falando, muito menos Deus e o Diabo. Tem uma conotação de interiorização X exteriorização, Introversão X extroversão, foco em si X foco no outro, um Eu ativo X um Eu passivo. A Força neste caso tem uma conotação de movimento necessário para mudança, o lado escuro assume o conceito de casulo, fechamento em si. Tenho pouco me incomodado com questões relativas aos outros. Tenho vivido um momento meu, altamente interior, buscando minhas próprias respostas. Isso não quer dizer que o outro não tenha importância, afinal são os outros que nos validam como existência, sem eles seriamos completos fantasmas. O que quero dizer é que só nos encontramos quando mergulhamos em nós mesmos e essa é uma jornada solitária e escura.

É um tanto quanto difícil adentrar o mundo interior e extremamente necessário. Ele é quem dá forma ao mundo exterior, é através desta lente que percebemos tudo ao nosso redor, desde o menor dos objetos ao mais notório edifício. O mais complicado é que lidamos com o conceito das coisas e por mais que tenhamos um dicionário para conceituar palavras, cada sujeito trabalha com seu próprio conceito de mundo, conceito este, construído através do seu próprio psiquismo.

No lado escuro da força estou pouco preocupado se vão gostar de mim, se vão aprovar o que digo, mesmo porquê acredito plenamente que só há mudança, e neste ponto digo mudança tanto interior como exterior, através do incomodo. Termino este post com três citações:

“O meu destino é perturbar o sono da humanidade” Freud

“Si vis pacem, para bellumJúlio Cezar (Se queres a paz, prepara-te para guerra)

“Que a Força esteja com você!” Mestre Yoda (risos)

Até o próximo post pessoal.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

PAIXÃO À PRIMEIRA TECLADA

Ao que tange o amor, existem alguns eventos um tanto quanto novos nos tempos de hoje. Um deles é o namoro online.

Duas pessoas que nunca se viram na vida, se encontram num chat de bate papo e devido a uma série de sintomas da vida contemporânea, se apaixonam e sustentam um relacionamento desta magnitude na internet.

Nossos antepassados estavam acostumados a seguir um “padrão de amor”. O amor Cortês, onde a concretização deste amor era impossível, e só servia se assim fosse, era belo se fosse desta forma. O amor Clássico, por exemplo, remete ao que Wlliam Shakespeare retratava em suas obras, o amor tinha que terminar numa grande tragédia como em Romeu e julieta. E hoje? Que padrão de amor nós seguimos? Acredita-se que nos tempos atuais não exista uma forma de amor, cada um de nós inventa a própria forma, mas como isso está sendo feito? E quais as implicações desta invenção nos seres humanos é o que o evento PAIXÃO À PRIMEIRA TECLADA propõe-se a discutir.

Fui convidado para compor a mesa e palestrar neste acontecimento e foi com muito prazer que aceitei falar sobre o tema, afinal quem é que não tem alguma coisa a falar sobre o amor? E como ele tem sido fonte de dedicação e estudo para a composição do TCC, acredito que terei um pouco a falar sobre isso.

Espero ver os leitores do MACACO nesta mesa redonda amanhã. O horário e a programação estão expostos no banner abaixo, é só clicar nele para ampliar.

Até amanhã pessoal.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Renato Russo que nada. Kirk Hammett!

Zorraaaa!!! Tava futucando um monte de coisa velha aqui e encontrei essa raridade. Uma das poucas fotos que tenho de quando tinha o cabelo grande. Coisa que não condiz mais com a realidade. Hoje ele ta caindo. AAAAHHHH TO FICANDO CARECA (SNIF).

Nesse tempo eu achava que tava na minha melhor fase (kkkkkkkk). Por que nenhum FDP me disse q tava a coisa mais esquisita do mundo??? Eu tava parecendo o Kirk Hammett, guitarrista do Metallica. Ou melhor, o Capitão Caverna!

Acho que faz parte de toda adolescência regada a revista Sexy, drops e Rock and Roll a idolatria a personagens da música, a rebeldia, e o desejo incessante de inserir-se em grupos. A minha não foi diferente da de ninguém. A Psicanálise vai chamar isso de Síndrome da Adolescência Normal. Um conjunto de sinais e sintomas que se apresentados em outra fase da vida é característico de uma patologia, mas na adolescência isso é simplesmente... normal.

No fim, como numa cena da novela das 8. Eu cortei o cabelo, podia até escutar a musiquinha da Lara Fabian (Love by Grace). Minha avó me disse que se eu cortasse o cabelo ela me daria uma guitarra. Na hora achei a proposta um tanto sem fundamento, afinal, pra que eu ia querer uma guitarra se eu não teria cabelo grande para tocar? No fim aceitei a proposta, mas por causa do cabelo nunca me tornei um guitarrista rsrsrsss.

P.S: enquanto escrevia o post falava com uma amiga no MSN:

Caroline Almeida disse (10:40):

Aff a professora passou um texto muito arrogante e ruim sobre a melhor idade -- ' e ainda disse q é p/ fazer atv sobre isso

C. Henrique Kruschewsky "Nossa sina é se ensinar, a sina nossa é..." diz:

diz a ela q a melhor idade é a adolescência, e faz parte da adolescência ser rebelde e sendo assim c n vai fazer atividade po*** nenhuma. Ai vc rasga o texto, joga na cara da professora, mostra o dedo e a língua e sai da sala

Caroline Almeida diz:

A claro super a minha cara isso, e vou me mudar pra rua pq em casa minha avó n deixa eu entrar, tu me complicou viu, dei risada ela olhou bem p/ minha cara

C. Henrique Kruschewsky "Nossa sina é se ensinar, a sina nossa é..." diz:

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

imaginei vc fazendo isso kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Caroline Almeida diz:

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.


Ela mandou acrescentar o seguinte parágrafo:


C. Henrique Kruschewsky "Nossa sina é se ensinar, a sina nossa é..." diz:

to escrevendo no blog sobre adolescência.

Caroline Almeida diz:

Kkkkkkkkkkkkkkk aiai viu, tu imagina é coisa. Coloca aí q os adolecentes n são certos, e os pais são chatos pegam muito no pé ,os meninos falam muita bobagem.


Pronto Carol. Ta dito!


P.S²:Pra quem não conhece. Tá ai. a cena clássica de Laços de Família. O fim de todo cabeludo!

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=xbHI3QQARAo




segunda-feira, 16 de maio de 2011

Na pilha da Monografia!!


Tenho escrito, com meu amigo e companheiro de Psicanálise Jailson Borges, o Trabalho de conclusão de curso (o famoso TCC). Sendo assim, todo o tempo que tenho para escrever tenho escrito nele. Desculpe aos que ficam esperando minhas postagens.

O tema do meu trabalho é “O amor e suas implicações narcísicas”. Tenho lido muita coisa e como com todos os que tenho falado sobre o trabalho tem mostrado extremo interesse sobre o assunto decidi publicar algumas citações que tenho encontrado no meio do caminho. Abraço a todos.

“Por que é que não nos apaixonamos todos os meses de novo?

Porque por altura de cada separação uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, nos esforçamos mais para evitar o sofrimento do que na busca do prazer.” (João Paulo Cuenca, 2010)

domingo, 1 de maio de 2011

De Mudança.

É. Gastei algum tempo pensando em como dizer isso de uma forma rápida e indolor. Como um tiro de espingarda na testa.

A Sonnora acabou. E é isso.

Arrependo-me de uma série de coisas, principalmente de não ter escutado as pessoas certas, pessoas que por piores que as coisas estivessem permaneceriam no barco até que ele desaparecesse no oceano. O fim da banda foi triste e revelador permeada de desencontros, arrependimentos e decepções como num filme onde o herói se torna o vilão e os vilões se tornam vitimas.

Anteontem falava com uma amiga sobre meu medo de que o trabalho não fluísse com uma banda nova (risos). Depois de hoje esse medo desapareceu. Escutei uma música minha ser cantada por bocas que nunca tinha visto na vida. Tinha escrito uma música que não havia sido gravada pela Sonnora. Tinha uma gravação caseira guardada no PC a um bom tempo, um dia mandei para uma amiga e assim a música se espalhou sem que eu soubesse. Depois de hoje eu percebi que embora o fim da Sonnora tenha acontecido em circunstancias trágicas, ela foi necessária. O encerramento de um ciclo e o início de outro.

Voltei a compor. Boas ou ruins são produtos meus. Músicas nascidas do que eu sinto, do que eu vejo, dos meus delírios e do meu desejo. Gosto de algumas delas, espero que agradem ao público também, sei que não agradarão a todos, nada agrada, mas aos que vierem a gostar, meu muito obrigado. Aos que não gostarem... paciência, quem sabe numa próxima?

Gostaria de agradecer a todos os que nos apoiaram durante todo este tempo e que acreditaram no nosso trabalho até mesmo quando nem nós acreditávamos. Queria agradecer também aos que mandaram e-mails, scraps, deixaram seus comentários desejando boa sorte ou simplesmente disseram uma palavra de conforto a algum de nós.

Aos que não gostavam da Sonnora gostaria me desculpar pela banda, ou até mesmo por mim, as pessoas podem não gostar de mim, isso é normal. Todas as vezes que erramos foi na intenção de acertar.

É isso ai. Logo logo o tempo passa e ele tem o velho habito de transforma os maus momentos e os rancores em boas risadas e valiosas experiências. Em pouco tempo estrearei com banda nova. Já recrutei novos músicos e o projeto de um disco já está planejado ainda para esse ano, afinal “O PULSO AINDA PULSA”.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

FIM?

Todos sabem o quanto evito escrever sobre minha banda aqui no Macaco. Mas hoje foi impossível deixar passar, pois muitas vezes a história da Sonnora se confunde com a minha própria história. Sendo assim:

23:49h de sexta feira dia 22 de abril de 2011.

Uma grande decisão para tomar. Às vezes acho que não há muito a se fazer, após tudo que já foi feito. Milhares de desentendimentos, brigas, palavras duras lançadas...

Sempre tentei olhar pra trás e ver tudo que um dia eu fiz. Como lembranças de um dia bom. Agora me lembro do dia 28 de junho de 2008,

Voltava muito ansioso de Aracaju. Tinha ido passar o São João com minha namorada e decidi voltar mais cedo. Há aproximadamente um mês um amigo, Cleo Evert, com o qual havia tocado junto, nos tempos de escola, havia me ligado e convidado para um teste numa banda nova. Pensei, com bastante cautela e, por fim, com o apoio da minha namorada, decidi tentar.

Lembro-me do gosto daquela tarde. Eu estava nervoso e com soluço! (assim como estou agora). Não tinha a menor noção de como iria cantar assim. Meu teste foi um fiasco. Desisti daquela idéia, e segui com o velho plano. Muitos livros, artigos, vida acadêmica e nos fins de semana sempre tinha refúgio naquela que sempre foi e sempre será a garota que mais me entende no universo. Mirella.

Novo fim de semana. Meu celular toca, estava sendo convocado para mais um teste. A pessoa designada para aquele sábado havia faltado. Então, lá estava eu novamente. Enfim, depois de muitas discussões eu entraria na banda. Seria vocalista de uma banda de pop rock chamada... chamada... “Afinal, que nome vamos dar à banda?” Não sabíamos. Tudo que a gente sabia naquele momento era que era uma banda formada por Túlio Santana - no contra-baixo, Cléo Evert - bateria, Matheus Freire - guitarra solo, Vinicius Andrade (Wyllow) - guitarra base e eu, Henrique Kruschewsky - vocal. Cinco caras que não demorariam muito para se tornarem melhores amigos.

Lembro-me bem daquela época. Contávamos os dias para o sábado, dia de ensaio. Ensaio era sagrado e - ai de quem se colocasse no caminho dele. Podia ser a mãe de quem fosse, namorada de quem fosse. Se o ensaio fosse cancelado, juntos, éramos capazes de desencadear a Terceira Guerra Mundial. E foi assim que, num cansativo dia de sábado, decidimos, por acaso do destino, escolher definitivamente o nome da banda. Entre tantos outros: O Núcleo, Radar, etc, etc, etc... Túlio abriu um livro e lá estava “onda sonora”. Olhamos um para a cara do outro como se tivéssemos descoberto a cura do Câncer. Gritamos em uníssono: SONORA. Logo virou Sonnora! depois SONNORA. Três meses depois estaríamos nas paradas. 1º disco gravado. Feliz Cidade, Dr. Frankenstein, Carpe Diem, Outono, Porque Tem Que Ser Assim e Tudo Vai Passar.

Lembro-me da primeira vez que ouvi o disco. Estava em Minas Gerais. Era a coisa mais perfeita do mundo. Eu estava orgulhoso. Tínhamos trabalhado duro naquilo. Logo “Tudo vai passar” tocaria na rádio e a gente começaria a fazer shows por ai.

Olhando para o passado, não é difícil perceber que, por mais imaturos que fôssemos, ou, por mais diferente que cada um de nós fosse do outro, éramos amigos, tocávamos juntos, nos divertíamos juntos, curtíamos juntos. Era um tempo bom.

Não havia muita coisa que pudesse abalar o grupo. Nem o sobrenatural.

Lembro da viagem para Salvador. Hoje tiramos boas risadas disso, mas na época foi bem, digamos...diferente.

Havíamos visto um homem morto dentro de um carro. Ao que parece, ele morreu tão de repente que nem deu tempo de tirar as mãos do volante. O fato é que, impressionados ou não com o fato, passamos a ouvir vozes por todo o apartamento, passos no corredor e todo o tipo de bizarrice possível. Nesta noite rezamos juntos, dormimos todos juntos e decidimos juntos como iríamos voltar para a nossa cidade no dia seguinte.

Éramos uma banda enquanto éramos “nós”. E não foi a saída de Túlio que fez com que deixássemos de ser uma banda. Foi muito antes disso. Foi quando a gente achou que, o que quer que a gente dissesse um ao outro, não seria pessoal, foi quando a gente achou que a música se faz mais com instrumentos bons e muita técnica, do que com sentimento e desejo, foi quando a gente passou a achar que éramos melhores que nossos próprios companheiros, na verdade esta ultima afirmativa é um engano, o certo é que foi quando passamos a nos achar melhores, quando ensaiar passou a ser um sacrifício. Deixamos de ser banda, quando deixamos de nos respeitar e assim deixamos de respeitar um ao outro, quando passamos a achar que éramos todos SUBSTITUÍVEIS.

De tanto ouvir de milhares de pessoas que me pareço com Renato Russo, coisa que, em verdade, acho um absurdo, vou me aproveitar disso só um pouquinho e usar um trecho de uma música dele:

Às vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que achávamos tão certo teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais, faríamos floresta do deserto e diamantes de pedaços de vidro.

Mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente, quase parecendo te ferir. Não queria te ver assim quero a tua força como era antes. O que tens é só teu de nada vale fugir e não sentir mais nada.

Às vezes parecia que era só improvisar e mundo então seria um livro aberto. Até chegar o dia em que tentamos der demais vendendo fácil o que não tinha preço. Eu sei é tudo sem sentido...”

Acho que esse pequeno trecho traduz tudo que gostaria de dizer a todos esses caras. Túlio, Cleo, Matheus, Helissom, Wyllow. Sei, também, que já demorei demais com isso, mas é que, se acabar este texto já é difícil, imagine acabar com a Sonnora?

O fato é o seguinte: hoje a Sonnora recebeu um golpe muito duro, e pode ser que ela não se re-erga de agora em diante. Mas até o momento, até o horário desta postagem “O PULSO AINDA PULSA.”

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quando Fui Fred Astaire

Como prometido, tá ai a música do Jay Vaquer!



Começou a faltar gravidade naquele dia
E o que não se amarrava,
Voava até se perder

Declarado estado de calamidade
E o que se temia
Ninguém explicava
E eu ficava sem entender


Ouvi dizer que tinha a ver
Com a grande mudança no universo
Uma alteração na dimensão de um outro espaço qualquer

Coisa muito difícil pra macaco sabido compreender
E eu que sempre sonhei em voar
Só queria sobreviver

Mas como não sabia o que ia acontecer
Aproveitava e dançava no teto
Feito fred astaire


E o mundo fazia sentido
De pernas pro ar
E o mundo visto ao contrário
Parecia no lugar


Começou a faltar gravidade naquele dia...